Sinopse: Jamie Randall (Jake Gyllenhaal) é um sedutor incorrigível. Como representante comercial farmacêutico, ele conhece Maggie Murdock (Anne Hathaway), uma jovem de 26 anos que sofre de mal de Parkinson.
Na Inglaterra, George (Colin Firth) é o filho mais novo do rei George V (Michael Gambon). Acometido por uma grave doença, o rei George V, preocupa-se com a sucessão do reino diante de sua morte eminente e da ameaça de uma guerra contra a Alemanha. Para tanto, decide acelerar a coroação de seu filho mais velho, David, conhecido por seu comportamento festeiro e libidinoso. David está envolvido com uma cortesã mal falada na realeza que já fora casada duas vezes. Sendo considerado então um vexame para a coroa a relação entre os dois, David abdica do trono, deixando a responsabilidade para George. George porém tem um problema: uma séria gagueira que sempre o fez ser motivo de piadas e de embaraço.
Sem nenhuma credibilidade, George recorre aos mais diversos tratamentos para falar corretamente. Sempre incentivado por sua mulher Elizabeth (Helena Bonham) ele relutantemente conhece o terapeuta da fala Lionel Logue (Geoffrey Rush), conhecido por seus métodos de cura pouco tradicionais. Espontâneo e confiante, Lionel precisa fazer com que George encare seus medos e torne-se, de fato, um rei a altura da Inglaterra.
Acho que falo por todos se digo que a garganta quase fechou de tensão na cena em que finalmente George faz seu primeiro discurso de guerra já como rei. É um momento de angústia retratado da forma mais brilhante possível: o olhar paralisado do personagem te diz: "Eu não consigo!", mas ele enfim consegue. Através de Lionel, podemos penetrar no íntimo de George e descobrimos um homem cheio de honra que fora abafado e desmerecido desde a infância, sendo este o motivo real de seu conflito: a gagueira como reflexo de uma inferioridade adquirida.
O filme faz, brilhantemente, menção ao ditador Adolf Hitler, sinônimo de falar bem, sinônimo de persuasão. A simples imagem dele no filme nos faz pensar que, talvez, qualquer coisa dita da forma correta pode se tornar uma verdade, por pior que seja. E é este o conceito lançado aqui: a Inglaterra, cheia de escândalos e de superficialidades precisa de um trono ocupado apenas, de um rosto que pareça bom o bastante a não lhe envergonhar. George já como rei pergunta-se: "Onde está o meu poder? Posso fazer um imposto ou declarar uma guerra? Não sou um rei."
É verdade que em alguns momentos a história fica se arrastando naquela de "nunca vou conseguir ser rei", começa a ficar meio monótono, mas em seguida ganha algum fôlego e é certamente um ótimo filme altamente recomendado. Salvas de palmas para Colin Firth, Helena Bonham e principalmente Geoffray Rush com sua atuação cativante e poderosa. O Discurso do Rei concorre ao Oscar este ano em várias categorias incluindo a de melhor filme com os outros dois queridinhos Cisne negro e A rede social. A disputa pela estatueta do hominho de ouro promete ser acirrada.
CINESPAÇO
Hoje finalmente tive a oportunidade de conferir as novas salas de cinema do Cinespaço no Mag Shopping e realmente é tudo aquilo que dizem: filas pequenas, cadeiras numeradas a escolher, ótimo atendimento e pipoca caramelizada. O Cinespaço tem um ambiente aconchegante e tranquilo que acolhe com carinho os amantes de cinema, com certeza uma estrutura moderna e bonita com acesso também para portadores de necessidades especiais. Sem contar que aquela vista do mar de Manaíra já é um espetáculo à parte. Parabéns ao Mag Shopping em nome de todos os cinéfilos de João Pessoa.
Share this post:
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Estou louca para ver esse filme! Adorei seu blog, conheci pelo RT que o cinespaço deu. Também sou blogueira e de João Pessoa, mas meu foco está na literatura :D
Sucesso!
Beijos,
xx thanny in wonderland
Obrigada Thanny! Você vai adorar esse filme. Me manda o link do teu blog que estou curiosa. Beijos!!
Postar um comentário